José de Dome
José Antônio dos Santos (1921-1982) nasceu em Estância no Sergipe. O apelido "José de Dome" veio por conta do nome da mãe Dometila. Trabalhou na adolescência na mesma fábrica em que a mãe e a avó eram tecelãs. Por volta dos 18 anos, o artista foi para Salvador onde influenciado por outros artistas, foi incentivado a pintar. Nesse período, o pintor ainda trabalhava com ajudante de pedreiro, trabalhando de forma avulsa como vigilante noturno em uma serraria onde passou a morar. O artista ficou amigo de figuras céleres como o escritor Jorge Amado, na casa de quem ele ainda iria morar um tempo no Leblon.
Foi quando ganhou um livro sobre técnica de pintura e ficou impressionado com o que viu no livro. De modo autodidata, pintou sua primeira tela, a "Igrejinha de Massaranduba" em 1943. Após o primeiro quadro, vieram outros e José fez uma exposição em 1955.
Já estabelecido como pintor, em 1965, muda-se para Cabo Frio. Na cidade da Região dos Lagos, José de Dome se apaixona pelo local e passa a conviver próximo a pescadores da região, o que nitidamente influencia muitas de suas obras. Vira uma figura querida na região, fazendo várias outras exposições no tempo que esteve na cidade.
Dizem os amigos mais próximo que Zé de Dome costuma pintar ao som de música clássica, notadamente as de autoria de Chopin. Como hobby, o artista criava corujas.
Zé de Dome faleceu no ano de 1982, vítima de um infarto enquanto andava no centro da cidade. Como que parecendo prever sua morte, o artista havia soltado dias antes todas as corujas que tinha em seu criadouro.
Homenagem: a Casa de Cultura Charistas é chamada Casa de Cultura José de Dome em homenagem ao artista plástico pelo tempo que viveu na cidade e pela influência que teve na arte local. Abriga também exposições do acervo do pintor.
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